sábado, 25 de novembro de 2017

Aconselhamento bíblico efetivo


 O livro Aconselhamento Bíblico Efetivo, de Lawrence J. Crabb Jr., é relevantemente recomendável, pois nem sempre sabemos como direcionar um aconselhamento e por isso corremos o risco de fazer uso do que não é bíblico, se valer de pressupostos que solapam as Escrituras de maneira sorrateira e, em vez de agradar a Deus, estar agradando a si mesmo e aos outros apenas para fazê-los sentir-se bem.

Este livro nos leva a entender a verdadeira razão para se resolver os problemas: um relacionamento profundo com Deus, o desejo de agradá-lo;  a suficiência de Cristo que dá "significado e segurança". E isso me parece recomendável, pois reflete nossa necessidade.
 
Esta leitura mostra as fontes de onde surgem as ideias seculares que predominam os pensamentos dos profissionais atuais e como esses pensamentos permeiam os aconselhamentos na igreja. Fica bem claro na exposição do livro aquilo que é útil das contribuições de teóricos seculares e também aquilo que é tanto dispensável quanto perigoso e que deve ser rejeitado pois ameaça as doutrinas bíblicas, como por exemplo, uma delas, a justificação de Cristo pela fé.

Isso ajudará a ter critério, bom senso, na hora de orientar através do aconselhamento alcançando uma efetividade sem comprometer o alvo bíblico. Como diz o autor, esta leitura, ajudará a levar a pessoa que está sendo aconselhada a alcançar a sua maturidade que é quando se aproxima de Cristo, pois devemos "olhar" a psicologia pelas lentes da Bíblia e não o contrário.



Relatório de leitura/resenha crítica
Referência:

JR, Lawrence J. Crabb. Aconselhamento Bíblico Efetivo. Brasília: Refúgio Editora, 1985.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O pastor segundo o coração de Deus


A classe de pastores sofre uma crise de descrédito como nunca antes, desencadeada, pela falta de integridade teológica e moral entre os pastores. Essa crise deve-se à ameças que rondam os pastores, dentre elas, algumas: pastores não conversos que vivem uma farsa; falta de vocação para o ministério; indolência e descuido; ganância pelo ganho e desinteresse pela salvação das pessoas; instabilidade emocional; insegurança no ministério; pastores com equívocos teológicos no ministério; pastores autoritários e domiinadores e pastores sofrentes do despotismo; escessivo romantismo do ministério; pastores com o matrimônio arruinado; desregramento financeiro e pecado no ministério.
É pela Sua graça que Deus dá a vocação aos pastores para servir à Sua igreja com humildade, cuja missão de apascentar é nutrir a igreja com a Palavra de Deus, defender a igreja das ferozes ameças de heresias, relacionar-se com os membros para auxiliá-los e animá-los. Sendo o pastor vocacionado, ou seja chamado por Deus, ele cuida do rebanho de Deus com conhecimento e agudeza de espírito.
Diante do atual quadro de crise política e moral, assim como nos tempos de Elias, é grave também, a apostasia espiritual prevalecente. Elias serve como um exemplo de preparo para o pastor para enfrentar a atual crise e, a chave para esse preparo é a oração. Não pode haver vida de pregação sem oração. Antes de que o pastor seja enviado a trabalhar para Deus, Deus quer trabalhar na vida do pastor, preparar o pastor chamando-o ao deserto e à fornalha a fim de prová-lo para estar pronto para a batalha espiritual.
Para romper com a crise espiritual pastoral, o pastor precisa de verdadeira e profunda piedade. Piedade significa viver o que se prega e não apenas uma aparência e agir profissionalmente. Trata-se também viver uma vida oração, estreiteza com Deus, que é mais importante que a pregação. Não pode haver pregação nem elaboração de planos independentes de oração. E a pregação no púlpito também exige estudo constante da Palavra de Deus. Os pastores precisam da unção do Espírito Santo que vem somente através de uma vida de oração para se tornarem pregadores cheios de poder. Uma outra coisa que deve haver é a pregação com paixão, e esta significa forte princípio.
2 Tessalonicenses 2 apresenta 3 características de como deve ser a vida do pastor hoje, quais sejam: procura conversão das pessoas e não comodidade; procura trababalhar em vez de alcançar lucros; e procura antes a aceitação de Deus que dos homens. O apóstolo Paulo foi pregador que demostrava ser produtivo no ganhar almas e com seu desprendimento sincero, apresentava sua mensagem sem lisonjea, mas com amor e cuidado como que de mãe. Ele se identificava com as ovelhas e por isso, a palavra apresentada era eficaz. Deus era glorificado e o povo fortalecido para a luta espiritual e confirmado para o encontro com o Senhor na sua segunda vinda.
2 Timóteo 4:6-23 nos ensina através da vida de Paulo que a vida pastoral é também marcada pelo sofrimento, mas a graça de Deus nos habilita a encarar a luta e a dor com a esperança da recompensa. Nos combates de Paulo, a graça de Deus o capacitou a enfrentar o sofrimento da dor solidão, do desprezo e do esquecimento, de perseguições, fortes oposições e privações físicas, mentais e espirituais.
Em Atos 20:17-38, são apresentados sete compromissos que o pastor tem. Primeiro é com Deus, ou seja, relacionar-se com Ele, pois está a Seu serviço e isso demanda humildade. O pastor precisa ter compromisso consigo mesmo, pois é necessário pastorear a si mesmo antes de pastorear a igreja; necessário vigiar para não cometer aquilo que reprova nem cair no descrédito. É necessário compromisso com a Palavra Deus, pois ela deve ser pregada com fidelidade para a salvação, não apenas para multidões, mas também para pequenos grupos. O pastor tem compromisso também com o ministério, pois para isso foi chamado e consagrado e, esse deve ser exercido com abnegado esforço e entusiasmo. Em seu compromisso com a igreja, deve cuidar de todos e não só dos mais maleáveis, não se impôr nem explorar, defender o rebanho dos ataques dos lobos, tanto de fora quanto de dentro. Outro cuidado devido é com o dinheiro para que este não afete o motivo para servir à obra nem sua falta afete à sua dedicação. Por fim, demonstrar afeto especialmente de maneira verbalizada.
Embora o apóstolo Paulo tivesse o direito de mantido pela igreja, preferiu não fazer uso desse direito para não causar dificuldade ao evangelho, por amor aos pecadores e a si mesmo. Esse direito estava pautado no seu próprio apostolado, na sua experiência humana e a prática do sistema levítico da lei do Antigo Testamento. Os pastores devem exercer seu ministério sem pensar em lucros não podem ser remissos; as igrejas não devem deixar de ser fiéis na manutenção de seus obreiros.


Resumo livro:
LOPES, Hernandes Dias. De pastor a pastor: princípios para ser um pastor segundo o coração de Deus / Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2008.