A Bíblia Sagrada tem um grande diferencial com relação a outros documentos religiosos que reside no fato de sua genuinidade bem como de suas profecias cumpridas que atestam a sua autoridade e autoria divinas. Nenhum outo livro religioso se iguala. A intenção proposital do Antigo testamento, era de apontar, convergir, encaminhar o leitor para o propósito de Deus, seu autor: revelar Jesus no Novo Testamento, desde o relato do messias prometido em Gênesis, nos sacrifícios, os ritos, as cerimônias, os primogênitos, depois o serviço levítico sacerdotal no tabernáculo, os símbolos, tudo apontava para o grande plano de Deus. Não só a composição traz as marcas das credencias divinas, mas também seu poder transformador a difere de outros livros.
Documentos
sagrados de várias religiões devem ser tido apenas como literatura. O Antigo Testamento é uma coletânea de livros inspirados
por Deus essencialmente interligados, cujas conexões são impressionantes, pois
seus compositores, mesmo vivendo em épocas e costumes diferenciados pelo tempo
nunca perderam a harmonia entre si em termos de assunto. Esse conjunto de
livros só pode ser defendido logicamente pela teoria do conhecimento hebraico-cristã.
Não é possível explicar precisamente os assuntos de religião através dos métodos
científicos a partir de premissas filosóficas, inda mais especulativas, como é
muito comum atualmente. Para saber a vontade de Deus, dependemos necessariamente
de Sua auto revelação. Precisamos que Deus se auto revele. A Bíblia que
reivindica para si a atribuição de inspiração e autoridade divinas, com um
“assim diz o SENHOR”, ou “a mim me veio a palavra do SENHOR”. Deus preservou
sua revelação de erros, embora tenha se valido de instrumentos humanos finitos
e falíveis. Em Mateus 5:18 e João 10:35 Jesus confirma a infalibilidade das
“Escrituras”, o Antigo Testamento e 2 Pedro 1:21 reconhece sua inspiração em
cada parte.
Embora
não possamos acessar os primeiros irrefragáveis, nossa principal base como a
Inspirada Palavra de Deus precisa-se necessariamente dos manuscritos dos
originais mais antigos. Tradução para outra língua tem a necessidade revisar
manuscritos hebraicos e cópias quais sejam: Manuscritos pré-cristãos manuscritos
pós-cristãos, as edições antigas impressas da Bíblia hebraica mais importante,
as versões gregas, os targuns aramaicos, as versões latinas, as versões
siríacas, as versões poliglotas e outras versões.
A
baixa crítica se encarrega de aproximar o texto tanto quanto possível da sua
forma originária, ou seja, a da pretendida pelo autor. Na transmissão do texto
sagrado ocorre a mesma forma de erro de transcrição secular, como a troca de um
caractere por outro de pronúncia ou escrita parecida, mas que não alteram a
essência do conteúdo. Por causa da exatidão dos massoretas em transmitir o
texto é que hoje possuímos uma cópia fiel do que era autoridade nos dias de
Cristo e dos apóstolos. Quanto à canonicidade do antigo testamento, as ideias
anti-sobrenaturalísticas dos estudiosos liberais os leva a rejeitar os reclamos
de autoridade da própria Bíblia. Se baseiam em suas próprias premissas
racionalísticas enquanto que os próprios autores bíblicos já reivindicaram a
canonicidade inerente no mesmo tempo em que foram inspirados os seus escritos,
tais escritos reclamam autoridade divina com um “Assim diz o SENHOR”.
O
livro de Gênesis foi escrito para recordar ao povo de Israel sua origem como povo
da aliança da graça estabelecida com Adão e reafirmada com Abraão e seu
descendentes. Os seis dias da criação e a idade do mundo não se harmoniza com a
evidência científica moderna, pois o pressuposto dos críticos atuais é de que a
linguagem empregada no Gênesis não é literal, mas analógica. O criacionismo
bíblico também se opõe ao evolucionismo moderno. E quanto à antiguidade da raça
humana há muita discussão se de fato remonta há seis mil anos ou milhões de
anos, porque os teólogos liberais não creem na literalidade da narrativa do
livro de Gênesis.
Cristo,
os autores do Novo Testamento e Paulo em 1 Timóteo 2:13 e 14 aceitam os relatos
de Gênesis 2 e 3 e um Adão e Eva, a arca de Noé e o Dilúvio como literais e
históricos. A integridade do relato das genealogias e dos eventos narrados de
Gênesis e Êxodo é validada tanto pelas referências diretas de Cristo e dos
apóstolos como pela história e arqueologia em descobertas. O livro de Levíticos
é o que mais reclama inspiração devido ao fato de mencionar Deus ter falando 38
vezes com Moisés. Sua temática é prescrição sacerdotais sobre santidade e
oferta correta de sacrifícios, sobre as festa e rituais. E o livro de Números é
um relato de ocorrências do tempo em que o povo esteve no deserto sendo educado
e preparado antes de entrar em Canaã.
O
livro de Deuteronômio, cuja comprovada autoria é de Moisés, pelas informações
do próprio texto, a despeito das infundadas questões da alta crítica, é um
autêntico código de leis bem contrastantes com os injustos códigos de leis dos
povos da época e não pode sua data em que foi escrito ser atribuída a nenhuma
época posterior a Moisés. As evidências internas demonstram que de fato é assim,
como estabelecimento das leis que regeriam a nação israelita quando tomassem
posse da terra. Há o relato de o próprio Moisés instruindo o povo e o fazendo
recordar de toda a sua trajetória até ali.
Descobertas
arqueológicas confirmam a autenticidade e a veracidade dos fatos apresentados
no livro de Josué e demonstram uma correlação com narrações de outros escritos
de outros povos contemporâneos, e parece que as evidências internas do próprio
livro apontam que a data da composição foi nos dias de Josué e, este o autor
com acréscimos depois de sua morte. Embora não exista clareza com relação à
identidade de seu ator, dá para concluir que os acontecimentos relatados em Juízes
remontam os acontecimentos até a coroação de Saul, tinha uma abordagem
profética. As cartas Tell-Amarna contribui muito para confirmar a veracidade e
exatidão históricas de Juízes e assim reforçar a confiabilidade em sua
inspiração. Fica claro que a data de composição de Rute se situa mais
aceitavelmente lá pelos dias de Davi. Como disse Young (IAT 355), a historicidade
do livro, por ser Rute ascendente de Davi, por si só, um irrefutável argumento.
Em seu conteúdo aponta para a obra de Jesus como mediador.
I
e II Samuel assinalam o estabelecimento do reino Israelita e as trajetórias que
se seguiriam. Parece ser mais coerente datar a composição entre 930 e 722, antes
do cativeiro, pois o seu autor ignora a queda de Samaria.
Considerações Finais
Achei
interessantes as comparações com outros escritos da época em que o texto
bíblico foi escrito. Gleason coloca os argumentos de autores de uma maneira que
fica claro e fácil perceber as coerências e as incoerências em certos pontos
que às vezes causa embaraço numa leitura rápida do texto. Assim, muitos
argumentos contra a autoridade da Bíblica é refutado com base, tanto nas
evidências internas quanto externas da Bíblia. Outro detalhe que é muito
ressaltado desde o início do livro é como apresenta a graça de Deus presente e
permeando em cada evento que ocorre na história enquanto Deus dirige o seu povo
passo a passo. Também, o esboço dos temas gerais de cada livro ajuda a ter uma
visão panorâmica com detalhes resumidos e objetivos que facilitam a compreender
melhor o livro organizadamente e de maneira prática.
Discordo,
porém da suposição de que os cro-magnon que poderiam ter sido raças anteriores
a Adão exterminados por Deus por razões desconhecidas antes de criar o
progenitor da raça humana atual e que Adão seria o seria o primeiro homem criado segundo a imagem espiritual de Deus de
acordo com Gênesis 1:26 e 27. Particularmente creio que antes de Adão ter sido
criado só havia os animais as plantas e, como não havia imperfeição, não houve
extermínio, pois, o primeiro homem foi criado no sexto dia da criação, sem nenhum ensaio falido.
Análise crítica do livro “Merece Confiança o Antigo Testamento?” de Gleason L. Archer Jr. p. 9-209