terça-feira, 24 de abril de 2018

RELIGIÃO E A BÍBLIA

A palavra "religião" aparece nas traduções do texto grego do Novo Testamento em português. Porém os termos gregos usados pelos apóstolos (Tiago 1:26 e 27 [θρησκεία]; Atos 26:5 [θρησκείας]; 1 Timóteo 5:4 [εὐσεβεῖν]- NVI) que foram traduzidos por "religião" ou outro significado, não são os mesmos empregados pelos pagãos da época (Atos 25:19 [δεισιδαιμονίας, termo usado pelo governador Festo, um romano]). 

Logo, é possível concluir que o conceito e significado de religião difere da mentalidade hebraica para mentalidade grega e pagã. O significado Bíblico da palavra "religião" nem sequer se aproxima do que se entende hoje por fé ou sistemas culturais e de crença. 

Consequentemente, nosso conceito atual de religião carregado do helenismo não é o bíblico, por isso é que "religião e Deus" não combinam, ou podem não combinar.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A música adventista e a adoração no século 21



Introdução 

A música é uma expressão. Juan Sebastián Guevara Sanín a define como linguagem divina. A música pode expressar em sons as emoções que, em qualquer idioma, ficam curtas as palavras.1 É um elemento de adoração do céu. Foi instituída por Deus no céu com a finalidade de ser executada por seres criados como um ato de adoração ao Criador. Adorar é a expressão de amor e gratidão por quem é Deus e pelo que fez e faz por nós. Quando Deus criava todas as coisas, a música estava presente: “… quando as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38:7). 

A música em adoração a Deus esteve presente quando do seu ato salvífico a Seu povo do cativeiro egípcio: “Então cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor…” (Êxodo 15:1); e em toda a Bíblia há muitíssimas referencias do canto a Deus: 1 Crônicas 25:6, Neemias 11:22, Jó 21:12… Também nos Salmos o louvor a Deus é mencionado várias vezes: Salmos 33:2, 47:6, 58:5, 98:4-5, 147:7, 149:3… O nascimento do Messias foi recebido com alegres cantos de seres angelicais:
“Então de repente, apareceu junto com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus, e dizendo: Gloria a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade”. (Lucas 2:13).

A salvação final do povo de Deus sobre o pecado também será marcada por canto de vitória (Apocalipse 14:3; 15:3). 

Como adventistas do sétimo dia, cremos e pregamos que Jesus breve virá outra vez. Em nossa proclamação mundial das mensagens dos três anjos de Apocalipse 14:6-12 chamamos a todos os povos a aceitar o evangelho eterno, louvar a Deus o Criador e preparar-se para encontrar com nosso Senhor em seu breve regresso. Desafiamos a todos a escolher o bom e não o mal para que “renunciando à impiedade e aos desejos mundanos, vivamos neste século sóbria, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação gloriosa de nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:12, 13). Por isso nossa música deve ser peculiar.

A música no contexto do Grande Conflito
A música está inserida no contexto de adoração. Não existe neutralidade moral na música. No universo, duas forças lutam pela supremacia e a questão em pauta é a adoração. Esta realidade é o grande conflito entre e o bem e o mal. Estas duas forças reclamam nossa adoração. Temos que nos posicionar de um ou de outro lado. Não há ponto neutro e a música é um elemento importantíssimo, porque, tem que ver com adoração.

Por isso é de importância vital entender o papel e a influência da música em nossa vida dentro da realidade do grande conflito entre o bem e o mal. Ellen White disse que “Satanás havia dirigido o coro celestial. Havia dado a primeira nota; então todo o exército angelical se unia a ele e gloriosos acordes musicais haviam ressoado através do Céu em honra a Deus e Seu amado Filho.”²  Então está claro que ele tinha não só uma posição privilegiada, como também dons especiais, um deles: a de reger o coro celestial.

Como resultado de sua rebelião foi expulso do céu, mas, Deus não lhe tirou todos seus dons e capacidades musicais. Seus intentos de lutar para destruir o governo de Deus e a adoração a Ele não desvaneceram. Falando de sua capacidade musical, Ezequiel 28:13 disse: “…em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros, no dia em que foste criado foram preparados” (Almeida, Revista e Corrigida). Ao mencionar tambores e pífaros, mostra que ele, Lúcifer, tem grande compreensão tanto do lado rítmico como do lado melódico. É um músico nato. Ao longo de toda a humanidade nunca houve alguém que saiba tanto de música como ele na terra. 

Agora, suponhamos que uma pessoa é muito boa em matéria de matemática. Será que, essa pessoa vai fazer vestibular de psicologia, línguas ou talvez culinária? Claro que não! Vai fazer matemática. Se Satanás entende muito de música, será que ele vai utilizar a música como estratégia para perverter a adoração? Claro que sim! A música é no mínimo poderosa.³ A pessoa que mais entende de música comparada com o anjo que menos sabe de música, é desafinada.  

 “Nos últimos dos mil anos, a música tem sido considerada uma força tão potente e influente na sociedade, que os principais políticos e filósofos defenderam seu controle pela Constituição da nação.”4

Um dos principais legados da música dos anos 60 e a revolução que trouxe para a sociedade para os dias de hoje é uma inversão da estrutura rítmica nunca antes utilizada desta forma. O equilíbrio biológico e rítmico de nosso corpo é com ênfase no primeiro tempo e segunda ênfase paralela no terceiro. A música dos anos 60 e todas as músicas que nasceram deste berço fizeram uma inversão desta sequência5

  O Documento Filosofia Adventista Do Sétimo Dia Da Música apresenta os princípios fundamentais para a eleição da música do cristão: “(1) Toda música que o cristão escute, interprete ou componha, seja sacra ou secular, deve glorificar a Deus (1Cor. 10:31). (2) Toda música que o cristão escute, interprete ou componha, seja sacra o secular deve ser o mais nobre e o melhor. (3) A música deve caracterizar-se por ser de qualidade, equilibrada, apropriada e autêntica. Fomentará nossa sensibilidade espiritual, psicológica e social, e nosso crescimento intelectual. (4) Apelará tanto ao intelecto como às emoções e terá um efeito positivo sobre o corpo. (5) revelará criatividade com melodias de qualidade, artística, com ritmos que a complementem. (6) Letras que estimulem positivamente habilidades intelectuais, emociones e vontade, conteúdo de valores morais; evocam e elevam; e se correspondem com uma teologia bíblica sólida. (7) Os elementos musicais e literários devem influir sobre o pensamento e a conduta em concordância com os valores bíblicos. (8) Deve manter um equilíbrio prudente dos elementos espirituais, intelectuais e emocionais. (9) Reconhecer e aceitar a contribuição de diferentes culturas na adoração a Deus.”6

Um pouco da história da música ocidental  
Em todas as culturas a música sempre esteve presente e ligada principalmente com o culto ou ritual religioso. Mas em nosso contexto atual é importante recordar o berço da cultura de nossa música atual que surgiu da miscigenação cultural que ocorreu nos Estados Unidos durante a colonização. 7

Primeiro, por um lado temos  o que ocorreu na Europa: o que chamamos de música clássica e que seguiu um rumo melódico (o canto gregoriano) e depois o período do renascimento, o barroco, o clássico e o romântico. Havia alguns mecenas que patrocinavam a música, mas quem controlava basicamente a música era a igreja. Por isso grande parte da música clássica dessa época tem contextos religiosos. Nesta altura o rumo era melódico.

Os europeus saem para os descobrimentos e vai acontecer um fenômeno que está na base de nossa cultura musical. Os europeus vão à África para trazer de lá escravos e encontram uma música que também é espiritual. O feiticeiro era quem dirigia toda a adoração. A música na África é mais rítmica, com tambores, o adorador entra em êxtase e “sente” a música intimamente. Do êxtase ele para um estado de transe como que está hipnotizado; no estado de transe baixam-se os espíritos, há manifestações estranhas, cai no chão, agita-se convulsivamente, espuma, depois o espírito sai e o corpo se desfalece. Assim termina a adoração.

Dali levam seus escravos africanos para o novo mundo onde se encontram os índios que também tem uma música rítmica. Cantam e dançam para chamar os espíritos bons, para afastar os espíritos maus; dançam para a chover, para parar de chover. Agora estas três culturas vão se reunir e ser miscigenadas (ou mescladas, misturadas) no novo mundo; vamos encontrar ali então o rumo melódico europeu com o rumo rítmico africano e dos índios; há uma mistura destas três vertentes musicais. 8

Depois há o fenômeno da guerra norte-sul e a libertação dos escravos. O homem negro agora trabalha não mais por açoitadas, mas por salário e com seu dinheiro pega instrumentos empenhorados e instrumentalizam sua música. Daqui vão nascer duas vertentes musicais. De um lado, temos afro-americanos que apesar de haver sido escravos acreditam em Deus como sua forma de libertação e que querem louvar a Deus e cantam o que nós chamamos de espirituais negros: “Cum bái ya mai Lord, cum bái ya” que é: “Come by here my Lord, my come by here.” “Swing Lord, Swing chariot, Coming for to carry me home” com sotaqueDo outro lado, temos afro-americanos que não vêem a Deus como sua forma de libertação. Seus deuses são aquilo que eles deificam em sua música. Então eles criam o blues que significa em sua essência melancolia, e que também era uma deificação, portanto, das drogas, do êxtase e da depressão. 9

blues dá origem ao swing e ao jazz.10 Vem de uma expressão um pouco obscena que se referiam ao movimento do corpo (swing = balanço corporal) e a ejaculação (jazz) no ato sexual que tem que ver com o clímax da música. Os nomes destas músicas deificam aquilo que estes afro-americanos que rejeitam a Deus acreditam. É daqui que vai nascer a cultura de nossa música atual. Este é o berço da essência da cultura da música ocidental. Os espirituais negros passam a ser aquilo que era o gospel original, que não tem nada que ver com o que se chama hoje como música gospel. Do outro lado do blues, do swing e do jazz vai nascer o rock and roll como estilo musical. “Rock and roll”, era una expressão utilizada nos guetos de Nova York para referir-se ao sexo livre no assento traseiro de um carro. 11

 E o rock, por sua vez, depois da revolução dos anos 60, influencia todos os estilos que, de aí em diante surgem. 



Conclusão
Com base na abordagem histórica da origem da música contemporânea ocidental, temos que ser cuidadosos ao escolher uma música para oferecer a Deus. O Manual da Igreja é bem enfático ao afirmar que se deve exercer grande cuidado na escolha da música no lar, nos encontros sociais, nas escolas e igrejas. Toda melodia que partilhe da natureza do jazzrock ou formas híbridas relacionadas ou toda linguagem que expresse sentimentos tolos ou triviais, serão evitadas. (Ver p. 97, 101, 151).12

E o Espírito de Profecia diz: 
“Se empregava a música com um propósito santo, para elevar os pensamentos àquilo que é puro, nobre e enaltecedor, e para despertar na alma a devoção e a gratidão a Deus” (Patriarcas e profetas, p. 644). Jesus “mantinha comunhão com o Céu mediante o canto” 12

Como adventistas, temos uma mensagem específica e relevante para nossos dias que creio são os dias finais da história deste mundo. A mensagem trata-se da verdade presente para este tempo que é a tríplice mensagem de Apocalipse 14:6-12. Nossa música tem que refletir nossa mensagem senão estaremos sendo incongruentes, pregando uma poderosa mensagem profética e ao mesmo tempo utilizando a música de Babilônia, a qual a mensagem denuncia. 


 REFERÊNCIAS
¹ Sanín Guevara, Juan Sebastián. Teoría De La Música, pág. 1.
² WHITE. História da Redenção, livro 3 Consequências da Rebelião, pág. 25.
³ Pr. Fernando Lopes. Palestra sobre música no Congresso Jovem de 2005 em Juína-MT. 
4    BACCHIOCCHI, Samuele. The christian and rock music: a study on biblical principles of music. Michigan: Biblical Perspectves, 2000, 4 p. 21.
5    DALLA, Leandro. Música, reverência e adoração: o propósito de Deus. Vitória: GSA, 2014, p. 136.  
6    Documento A Una Filosofía Adventista Del Séptimo Día De La Música. Una Filosofía Adventista Del Séptimo Día De La Música, pág. 2,3. (https://revista.adventista.es/2014/01/una-filosofia-adventista-sobre-la-musica/).
7    REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS DA CANÇÃO – ISSN 2238-1198, Natal, v.1, n.1, jan-jun 2012. O Blues como uma estrutura fundamental do Jazz: Progressões lineares não-tonais e técnica de redução schenkeriana adaptada ao contexto afro-americano. págs. 129, 130.

8    SILVA, Rafael Palmeira da. Estruturas Fundamentais No Blues: Adaptação De Conceitos Schenkerianos Considerando A Inflexão Melódica Afro-Americana E Seu Desenvolvimento No Jazz. Curitiba, 2012, págs. 25, 26.  
9    DALLA, Leandro. Música, reverência e adoração: o propósito de Deus. Vitória: GSA, 2014, p. 33-36.
10 Silva, Rafael Palmeira da. Estruturas Fundamentais No Blues: Adaptação De Conceitos Schenkerianos Considerando A Inflexão Melódica Afro-Americana E Seu Desenvolvimento No Jazz. Curitiba, 2012, págs. 25, 26. 
11 DALLA, Leandro. Música, reverência e adoração: o propósito de Deus. Vitória: GSA, 2014, p. 38.
12 MANUAL DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA. Trad. Ranieri Sales. 21 ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 151.
13 White. El Deseado de Todas las Gentes, p. 54)


  



*Gilberto B. da Silva - Bacharelando em Teologia pelo SALT (Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia)-IAENE




quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Espiritualidade no atacado e varejo

Eu acho muito estranho depender exclusivamente daquilo que outros preparam para a nossa devoção pessoal. Existem pessoas que precisam de que se deixe tudo pronto para que elas então, se alimentem espiritualmente. Estou falando das grandes quantidades de materiais disponibilizados para devoção, que na verdade se torna como requisito para o bem estar e nutrição espiritual.

Nada contra algumas meditações matinais ou lições da Escola Sabatina/Dominical, por que essas ferramentas estimulam a pesquisa do texto bíblico e o raciocínio. Veja bem, antigamente as crianças eram muito mais criativas do que hoje. Elas faziam seu próprio brinquedo e os aprimoravam e, então se divertiam. Hoje em dia, os brinquedos são fabricados pelas indústrias e as diversões são formatadas, engessadas, ou por que vem em forma de videogames ou por que a mídia os padroniza. Pode se notar, devido a isso, que as crianças de hoje não sabem ser práticas e resolver situações, elas são mais filosóficas e violentas e não respeitam autoridade.

Enfim, dado isso, quando se escava o texto bíblico tentando entendê-lo pelo próprio contexto bíblico o sentido e a mensagem do texto, uma maior gama de riqueza é encontrada e aproveitada do texto e, a aplicação pessoal personalizada pelo próprio estudante é mais bem  útil. Não há nada como examinar a Bíblia.

Não existe coisa alguma mais destinada a fortalecer o intelecto do que o estudo da Bíblia. Nenhum outro livro é tão potente para elevar os pensamentos, dar vigor às faculdades, como as amplas, enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como devia, os homens teriam uma largueza de espírito, uma nobreza de caráter que raro se vêem em nossos dias.
Conhecimento algum é tão firme, tão coerente, de tão vasto alcance, como o obtido do estudo da Palavra de Deus. Se não existisse no vasto mundo outro livro, a Palavra de Deus, posta em prática pela graça de Cristo, por si só tornaria perfeito o homem neste mundo, com um caráter habilitado para a vida futura, imortal.E. G White, Nos lugares Celestiais - MM, p. 135.

Não se faz necessário fazer um curso de teologia para aprender a fazer exegese, hermenêutica avançada, basta ter intimidade com a Bíblia, experimentar o texto em primeira mão, em vez de apenas engolir o que os outros já mastigaram. Mas como investigar o texto sem os aparatos acadêmicos e sem conhecer pelo menos o básico das línguas originais? Existem uma série de aplicativos que "tarrafeiam para a gente e nos não as informações necessárias para a compreensão.

Por outro lado a quantidade de informações na devoção diária de certas famílias é excessiva. Já vi vários livros e revistas, meditações, que nem sequer puderam ser abertos e lidos. Outros já fazem assim: ao acordar, fazem sua oração, leem alguns trechos da Bíblia (ano bíblico e/ou Reavivados por Sua Palavra), SEE (Seminário de Enriquecimento Espiritual) depois fazem o estudo da Lição da Escola Sabatina (ou da Escola Dominical), depois vem o momento do culto familiar onde se lê a meditação do dia e, quando se tem criança, a meditação da criança entra na programação do dia. Não estamos considerando o que se estuda na escola/faculdade e outras atividades. “Entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só” (Lucas 10:42).

De qualquer forma, é difícil, com tantas informações variadas, poder assimilar o conteúdo e reter a essência de tudo e ainda aplicar na vida durante o dia inteiro. O abarrotamento de informações variadas causa uma confusão na mente em vez de enriquecimento. Não é certo que quanto mais informação na mente mais preparo e mais vigor espiritual. Mas é verdade sim que, um único tema e assunto bem mastigado, trará melhor nutrição espiritual e mais absorção de princípios práticos. Não podemos tirar bom proveito de um amontoado de informação. Não se pode fazer bem feita várias tarefas e sim uma. Da mesma forma o conteúdo para meditação.

O consumismo clama de todos os lados. O marketing das ofertas de materiais devocionais preparados pelas editoras cristãs segue o mesmo parâmetro das seculares. Deve ser por causa disso que chegamos a pensar que precisamos de uma grande quantidade de informação para estar bem preparados espiritualmente.

A espiritualidade é algo muito individual e subjetiva. O que uma pessoa precisa não é necessariamente o que outra precisa. Não se pode determinar o quê e que quantidade de material uma pessoa deve utilizar na devoção pessoal.


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